sexta-feira, 8 de julho de 2011

Poluição Térmica

O aumento da temperatura do ar ou da água, provocando alteração no meio, é chamado de poluição térmica. A poluição térmica, embora tendo um considerável impacto ecológico, é, talvez, uma das formas de poluição menos conhecidas, o que decorre do fato de não ser diretamente visível ou audível.

Este tipo de poluição resulta de uma elevação da temperatura do meio de suporte de um determinado ecossistema (por exemplo, um rio), em consequência de uma ação humana, como o despejo de efluentes industriais a temperaturas superiores à do meio aquático em que são diluídos, ou pela libertação de águas de arrefecimento provenientes de centrais elétricas e, especialmente, nucleares, que são os principais causadores da poluição térmica.

As principais consequências aquáticas negativas são:
                       
    ·                            O aumento da temperatura faz com que espécies termosensíveis (com reduzida tolerância a variações de temperatura) desapareçam, por não suportarem as novas condições do meio. Por exemplo, o desaparecimento da truta em rios em que ocorreu um aumento da temperatura da água.
    ·                            Diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido na água (a água quente comporta menores quantidades de oxigênio dissolvido que a água fria), podendo conduzir a situações de asfixia. 

·                            Podem surgir importantes alterações ecológicas no meio, resultantes da substituição de espécies termosensíveis por outras termotolerantes, as quais suportam uma gama mais ampla de temperaturas originando alterações nas cadeias tróficas e nas relações interespecíficas das espécies que habitam o meio. Por exemplo: a substituição da truta pela carpa.
·                            Aumento da sensibilidade aos poluentes, já que a aproximação aos limites de tolerância de um fator (temperatura, neste caso) diminui a tolerância a outros fatores (por exemplo, concentração de metais pesados).
·                            Favorecimento do desenvolvimento bacteriano, em consequência da aproximação ao ótimo térmico de algumas espécies nefastas.
·                            Perturbações na reprodução, já que os juvenis, assim como os ovos (e as células sexuais, das espécies com fecundação externa) são, regra geral, muito pouco termotolerantes.
·                            Morte por choque térmico, causada, por exemplo, pela alteração brusca da temperatura de um ribeiro junto à conduta de saída de um afluente sobre-aquecido.
·                            Potenciação da eutrofização dos cursos de água onde exista matéria orgânica em quantidades consideráveis.
·                            Diminuição da diversidade da fauna e da flora aquática
·                            Perturbações várias na alimentação dos animais aquáticos, por alterações no zoo e fitoplâncton.

A solução para evitar isto é manter a água a ser lançada (e depois de devidamente tratada, é claro) em tanques até se encontrar à temperatura ambiente e assim não prejudicar a fauna ou flora local.

A poluição térmica aérea assume importância, especialmente ao nível das zonas urbanas e industrializadas, em consequência da libertação dos fumos e escapes aquecidos, resultantes da queima de combustíveis fósseis. Estes gases contribuem também para o incremento do efeito de estufa e do smog, gerando, deste modo, uma poluição térmica indireta adicional. 

As principais formas de erradicação da poluição térmica passam pela redução da libertação de fumos quentes, o que implica uma diminuição da queima de derivados do petróleo, assim como pelo pré-arrefecimento dos efluentes libertados nos rios e águas superficiais. A energia térmica deste efluentes pode ser utilizada, por exemplo, no aquecimento urbano, o que não só reduz a poluição, com também permite uma maior rentabilização energética e econômica.

Em Pederneiras as pessoas que pescam no rio Tietê não achariam mais certas espécies de peixes que antes encontravam, por causa de não resistirem a temperatura, levando à morte ou a mudar de local. Além disso a quantidade de oxigênio que havia antigamente, pois a água quente suporta menos oxigênio que a água fria e leva à asfixia. Alguns que sobrevivem não consegue reproduzir-se, pois os juvenis, os ovos e as células sexuais, são pouco termotolerantes, o que afetaria a economia municipal levemente.

Ainda poderia acontecer a eutrofização dos cursos da água onde existia muita matéria orgânica, o que terminaria de acabar com a vida aquática.

Também deve-se levar em consideração que pessoas que pularem para nadar perto de uma conduta de saída de um efluente sobre-aquecido, podem morrerem por um choque-térmico.



Leonardo Alves Paiva n°22